quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Até onde estas disposto a ir, verdadeiramente?!?

Vivemos em temos que somos confrontados a fazer escolhas, quase instantâneas, que põem em causa a nossa vida, hipotecam o nosso futuro, abalam o nosso carácter... Pergunto-me até que ponto consigo ser verdadeiro no meio de toda esta sociedade montada para me anular? Até aqueles em quem eu tenho mais confiança, sussurram palavras desmotivadoras, inconscientemente e sem o objectivo de me deitar ao solo, mas fazendo-o. Quais seriam as palavras de Jesus a alguém que sofre um processo de mudança, mas que foge ao padrão, não ao padrão de Deus, mas ao nosso padrão? Elas continuam as mesmas: "Estou contigo todos os dias!"
Não é por aquilo que fazemos, nem pelo tempo que passamos num programa de recuperação, nem mesmo pelo nosso esforço, ou até por aquilo que aparentamos, mas porque um dia fomos confrontados com a condição em que vivemos e obrigados a tomar uma decisão a fazer uma escolha e ao fazê-la somos temperados com o sabor da Graça, ou não.
Pedro abortou o processo, saiu do programa, virou as costas ao mestre, renunciou três anos de uma vida lado a lado com Jesus para seguir aquilo que era a sua vontade! Como foi recebido por Jesus? "Anda cá seu troca tintas, eu não te avisei, andei a investir todo este tempo em ti para isto?" Não, estas não foram as palavras de Jesus.

Dando lugar ao livro de Actos, no capitulo 17 Paulo e Silas estavam perante a sua escolha e todas as consequências acarretadas pelas mesmas. Servir a Deus incondicionalmente trás dor, trás confrontos, açoites, medo de não chegar ao fim do dia, esta era a sua realidade. Mas com isso vem a satisfação e o gozo de estar bem no centro da vontade de Deus e alguns de nós sabemos bem o que isto significa. Reconheço que ser cristão não é estar num lugar de privilégio dentro do conforto da igreja (ainda que tenha sido isso que muitas vezes busquei para mim mesmo), não é ser reconhecido, não é procurar a minha satisfação, mas encontrar forma de, com a minha vida, fazer com que o reino de Deus seja engrandecido, alargado, que novas pessoas façam parte dele, seja a minha total prioridade, mais que a minha própria vida. Não é ser mais um no meio da carneirada, de facto, não é ter medo de falhar, é perceber as palavras de Jesus quando Ele me diz: Tu amas-me? Então apascenta, cuida, dá-te, renuncia-te em função daqueles por quem eu morri, daqueles que eu não tive possibilidade de falar pessoalmente, de expressar o meu amor fisicamente, de abraçar, de estar fisicamente perto, deixa-me usar-te!!!! E quando este clamor é tão forte, tão real, tão intimo, tão pessoal... eu respondo, tu sabes todas as coisas... Mas isso não me livra da pornografia, nem das drogas, nem do desejo de fazer aquilo que me apetece, muito pelo contrario, trás à luz tudo aquilo que sou e a consciência daquilo que realmente é composto o meu ser, mas também de quem de facto Deus e a forma como impacta a minha vida, dando-lhe uma alternativa em ser diferente.
Jesus revelou algo incrível acerca das nossas escolhas, a João na ilha de Patmos. Ele diz é bom que tu sejas tu mesmo, não sejas algo que os outros querem que tu sejas, não sejas um pouco de tudo que te oferecem, ou és quente ou és frio, mas porque nem és uma coisa nem outra estou prestes a vomitar-te.
É bom ser quem sou em Deus, é bom sentir-me amado e aceite.

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