quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Medley's urbanos, ou Bluff's Ocasionais...

Nos tempos que decorrem, vivemos uma mistura cultural única... Graças a esse "Medley" a gastronomia tem outros sabores, a musica recebe outras influencias tomando novas formas envolventes, a arte é pintada com ferrugem, enfim, uma era única nunca antes atingida. 
O que trás de bom toda essa associação de valores ás nossas vidas também podes ser uma ratoeira para aquelas cabecinhas mais desatentas... 
Muitos de nós somos levados pelas ondas do presente, sem, na maioria das vezes, nos aperceber em que sentido caminhamos. Acabamos por praticar o politicamente correcto, sem saber, se o que fazemos, é realmente o que queremos e gostamos de fazer...
Nossos sentimentos são confrontados com promessas utópicas de bem estar, nossas caixas de e-mail estão saturadas de propostas fictícias e facilidades, como atalho, para atingirmos o sonho mais egoísta do ser humano, independência...
O sentido natural de tudo o que nos rodeia, gira em torno da dependência. O dia depende da noite, o frio do calor, as moléculas dos átomos, e vemos essa dependência ampliada em todas as reacções químicas, na flora, na fauna, nos astros, na ciência... 
E porquê essa independência como sonho egoísta? 
Independência é vista como liberdade para fazer o que se quer, sem ter ninguém a quem prestar contas, ninguém a quem pedir... 
Ao atingir tal independência, o indivíduo é livre para comprar o que entender, fazer o que achar melhor, acreditar no que mais lhe convém, todas aquelas coisas que fazemos...
Mas é mesmo isso, que no intimo desejamos? 
Sou independente quando escolho enganar alguém que eu amo, porque outro alguém, no momento, pareceu ser mais promissor; quando aceito fazer algo, que supostamente ultrapassa a minha autoridade, como forma de benéfico próprio; quando escolho colocar a minha carreira como prioridade, abdicando do demais...
Mas é mesmo isso que desejo?
Quando a noite chega e vejo a casa vazia, como resultado da minha independência, quando a única companhia que tenho é um Cd de musica clássica, que insiste em gritar o quão independentemente sozinho estou, quando a velhice trás a necessidade de um sorriso estranho e umas palavras roubadas a primeira pessoas que encontro na paragem do Bus...
Que Bluff este que foi a vida, por trás de um sorriso fingido, confirmo que está tudo bem, num cumprimento casual...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jesus o Filho de Deus, ou um Louco...

Ao ver uma entrevista de Bono Vox, fiquei perplexo pela simplicidade das suas palavras, transcrevendo, aquele, que muitos dos nós, acreditam ser o Filho de Deus...
Deixando as ideologias a parte, ou até mesmo a forma, como alguns de nós tem experienciado o sem amor, e a mudança que isso provoca nas nossas vidas, voltando ao âmago da questão, Bono retrata Jesus como o Filho de Deus ou um lunático, porque classifica-lo, apenas, como um homem bom não funcionava...

É uma escolha difícil que temos entre mãos! Um Homem simples, nascido numa extrema pobreza, que cresceu, soube ocupar o seu espaço, aguardou que todas as leis naturais operassem no seu corpo, ao seu redor, iniciando aquilo que seria o seu propósito, após atingir sua maturidade perante as regras da sociedade em questão, avançando para uma morte, classificada como, barbara, sempre com a mesma convicção, afirmando, quase sempre sem palavras, que era aquele que havia sido anunciado, sendo Deus encarnado em homem. Um Deus que amou o mundo loucamente, que se tentou explicar, sendo um de nós... 

Lógico que nossa imaginação corrompida, carnal, fruto de todas as comcupicências, será sempre mais fácil classifica-lo como um louco. Porque é mais vantajoso ter um Deus tirano e culpa-lo de todos os nossos erros, ou até mesmo um Deus a nossa semelhança, que se aproveita dos nossos erros para beneficio próprio e ai pagamos uma promessa, damos um dizimo, rezamos umas mezinhas e temos o nosso lugar no céu garantido...
Agora quando entendemos que o coração desse Deus que, muitos de nós o chamamos nosso, sendo dono de tudo, de tudo se desfez, podendo viver na riqueza, escolheu a simplicidade, podendo viver na aristocracia, escolheu viver perto dos indesejados, ficamos incomodados porque fomos formatados com ideologias de que tudo é pecado e nada se pode ter. 
A verdade é que só atingimos o ponto do "nirvana", quando quebramos todos os sofismos e nos predispomos a dar lugar ao espírito ao mesmo nível que damos lugar a carne...
Loucura para muitos, oportunidade de vida para outros, a vida é mesmo assim... 
Bono afirma que o que lhe incomoda, algumas vezes, são os cristãos, e não Jesus...
Como eu te entendo Bono, porque nos ditos cristão vejo muito pouco de Cristo, mas no Bono sinto um suave perfume que me encoraja a ser diferente...
Dá mesmo que pensar...