sábado, 25 de dezembro de 2010

Nascimento, morte, ressurreição, o que me importa?

É verdade, o que importa o nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus nos nossos dias? Que valor isso tem? O que ganho com isso? Aparentemente a generosidade das pessoas e algumas prendas, um ovo de chocolate e um fular monetário e um grande sermão ao arrependimento, no qual o bode expiatório continua a ser o povo judeu.
O que ganhamos realmente com tudo isso? Onde isso tudo me transforma numa pessoa melhor? Por vezes sinto-me cada vez mais egoísta, quando o somatório dos presentes não se aproxima da quantia anteriormente recebida, até porque vivemos em tempo de crise, onde só o mercado imobiliário de luxo está em recessão, a inflação não para de subir, arrastando com ela o iva e todos os impostos "impostos" pelo governo.
A verdade é que trago boas novas e não tristes noticias, para isso serve o TVI24 e todos os canais nacionais.
Lia a mensagem de alguém de natal e parei para pensar um pouco naquilo que o Tiago Martins referiu um destes dias acerca do natal. Tiago, se me estas a ler, continuo sem te perceber, mas a verdade é que cada vez mais te compreendo e menos as pessoas deste mundo.
Comemorar o natal para quê?
Que mudanças isso trás?
Se há algo que podemos comemorar, os que podem, é a certeza que somos pessoas melhores, porque ele nasceu, morreu, ressuscitou e hoje mora dentro de nós! E consequentemente nos torna em possas melhores, com falhas, muitas falhas, erros, birras, criancices, mas melhores, não pelo que somos, pelo que fazemos, mas porque todo esse processo aconteceu e um dia, alguém O apresentou e demos-lhe a ultima oportunidade quando nada mais fazia sentido, isto falando de mim, claro.
É isso que eu desejo a todos vós, uma boa estadia neste mundo, longe de tudo o que vos corrompe e perto de tudo que vos relembre, onde realmente é a nossa casa!
Este é o nosso Deus.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Deus é fiel, eu não!

Quando chega a mais um final de ano, mais uma altura de repensar as nossas escolhas as nossas opções, eis que uma celebre e famosa frase tem sido, diariamente, destacada num carro na vizinhança: "Deus é fiel!"
Se ao menos eu acreditasse o quão verdadeira é esta afirmação, se ao menos eu pudesse entender o quão profundo é, a minha vida e a vida daqueles que estão ao meu redor poderiam ser vividas de formas bastantes diferentes. 
A verdade é quando se cresce com um conceito onde tudo é garantido, dificilmente conseguimos separar aquilo que é graça e favor, do que realmente merecemos.
Passou um ano! Dificil, forte, fraco, sujo, feio, que se transformou em uma nova oportunidade para voltar a viver tudo outra vez, isto é, nada é diferente, tudo é igual, a diferença está reflectida em escolhas, acertadas ou não, camuflada em nãos e sins acertados por vezes, menos próprios as vezes, fazendo deste ano um turbilhão de emoções que não ficaram indiferentes a quem esteve por perto. 
Fidelidade de Deus, muitas vezes.
O meu papel é corresponder a esse amor. Transformar amor em acções, como Jesus referiu: é sabermos que somos discípulos porque nos amamos. Somos fieis quando somos aceites, quando escolhemos bem, por vezes mal, quando reconhecemos que Jesus morreu por nós, mas por vezes não conseguimos resistir a fumar um cigarro, quando fugimos de uma cena de sexo, porque amamos, quando passamos à porta do Aleixo e decidimos não entrar, porque pensamos no sacrifico feito, na cruz!
Fidelidade é em circunstancias normais manter-me! É ser o mesmo na comunhão com os irmãos e no local de trabalho, mas esse é o alvo que ainda estou muito aquém...
É na presença onde tudo ganha cor, aliás só na presença da luz que as cores se distinguem, só quando somos expostos a verdade nossa vida muda, só quando há Espírito de verdade em nós a nossa vida é realçada, mas isso não sou eu, nem tu, mas Ele em nós.
Deus é fiel, eu continuo  longe de o ser, muitos dias dou passos na direcção certa, muitos mais na direcção errada, mas a bíblia fala-me que todos esses passo, são o processo que Deus, gentilmente, permitiu que eu estivesse sujeito, para o conhecer, para conhecer-me fazendo-o conhecido.
Peço perdão a quem magoei e não tive oportunidade de o fazer...
Agradeço por vidas como a do Carlos Décio, João Martins, Nicha, Francisco Chaves, Nelson Rato, José e Rute Esteves, Adriano e Filipa Carvalho, Paulo Mendes, Gioseppe Deustacio, Marko Labasan, Nuno Matos, Jacinto e Tânia Condeça, Marcos Martins, Ricardo Viçoso, Bianca Branco, Davi e Sidonia Lemos, a minha amada Mãe, que tem sido incansável, mas principalmente a minha esposa Marisa, que sem ela não seria a pessoa que sou.
A todos um bom ano, estamos juntos.