quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Deus é fiel, eu não!

Quando chega a mais um final de ano, mais uma altura de repensar as nossas escolhas as nossas opções, eis que uma celebre e famosa frase tem sido, diariamente, destacada num carro na vizinhança: "Deus é fiel!"
Se ao menos eu acreditasse o quão verdadeira é esta afirmação, se ao menos eu pudesse entender o quão profundo é, a minha vida e a vida daqueles que estão ao meu redor poderiam ser vividas de formas bastantes diferentes. 
A verdade é quando se cresce com um conceito onde tudo é garantido, dificilmente conseguimos separar aquilo que é graça e favor, do que realmente merecemos.
Passou um ano! Dificil, forte, fraco, sujo, feio, que se transformou em uma nova oportunidade para voltar a viver tudo outra vez, isto é, nada é diferente, tudo é igual, a diferença está reflectida em escolhas, acertadas ou não, camuflada em nãos e sins acertados por vezes, menos próprios as vezes, fazendo deste ano um turbilhão de emoções que não ficaram indiferentes a quem esteve por perto. 
Fidelidade de Deus, muitas vezes.
O meu papel é corresponder a esse amor. Transformar amor em acções, como Jesus referiu: é sabermos que somos discípulos porque nos amamos. Somos fieis quando somos aceites, quando escolhemos bem, por vezes mal, quando reconhecemos que Jesus morreu por nós, mas por vezes não conseguimos resistir a fumar um cigarro, quando fugimos de uma cena de sexo, porque amamos, quando passamos à porta do Aleixo e decidimos não entrar, porque pensamos no sacrifico feito, na cruz!
Fidelidade é em circunstancias normais manter-me! É ser o mesmo na comunhão com os irmãos e no local de trabalho, mas esse é o alvo que ainda estou muito aquém...
É na presença onde tudo ganha cor, aliás só na presença da luz que as cores se distinguem, só quando somos expostos a verdade nossa vida muda, só quando há Espírito de verdade em nós a nossa vida é realçada, mas isso não sou eu, nem tu, mas Ele em nós.
Deus é fiel, eu continuo  longe de o ser, muitos dias dou passos na direcção certa, muitos mais na direcção errada, mas a bíblia fala-me que todos esses passo, são o processo que Deus, gentilmente, permitiu que eu estivesse sujeito, para o conhecer, para conhecer-me fazendo-o conhecido.
Peço perdão a quem magoei e não tive oportunidade de o fazer...
Agradeço por vidas como a do Carlos Décio, João Martins, Nicha, Francisco Chaves, Nelson Rato, José e Rute Esteves, Adriano e Filipa Carvalho, Paulo Mendes, Gioseppe Deustacio, Marko Labasan, Nuno Matos, Jacinto e Tânia Condeça, Marcos Martins, Ricardo Viçoso, Bianca Branco, Davi e Sidonia Lemos, a minha amada Mãe, que tem sido incansável, mas principalmente a minha esposa Marisa, que sem ela não seria a pessoa que sou.
A todos um bom ano, estamos juntos.

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