segunda-feira, 21 de março de 2011

Acreditando que estou, certamente, errado...

Cheguei ao Brasil, o país onde tudo é certamente possível e aceitável...
É impossível não repara nas enormes discrepâncias que existem na "cidade maravilhosa".
Mas algo despertou a minha curiosidade e não consegui acreditar na grandeza da desorganização que move este pais. Mas uma desorganização ordenada e funcional.
Tudo é uma questão de perspectiva, essa é a maior verdade.
Esta manha na televisão, ouvi as palavras de um sábio Guru, Prem Rawat, e alarguei os meus horizontes pouco mais nessa mesma perspectiva, passo a explicar... Ele falava acerca do nosso interior e de como os nosso desejos são implantados em nós, não sendo realmente o nosso desejo, mas sim o desejo de alguém. Afinal o que é que o ser humano procura neste mundo?!? O que é que EU procuro neste mundo.
Amor...
Segurança...
Qualidade de vida..
Ordem...
Paz...
A verdade é que hoje existem inúmeros doutorados, mestrados, licenciados, técnicos como nunca houve e qual é a diferença da satisfação humana, da minha insatisfação?
Existem médicos como nunca houve, mas cada dia há mais e piores doenças...
O que adianta o homem conquistar tudo ao seu redor e continuar com o desejo de conquistar algo mais, mesmo fisicamente não havendo esse algo...
Certamente o desejo de um homem de 35 anos muda, quando perde um filho com 5 anos, sua crença ou oração deixa de ser no sentido de trabalhar para ter um bom carro, um casa com condições e passa a ser no sentido de conseguir viver com tal fatalidade. Uma mulher com 25 anos, formada em Harvard que ambicionava crescer em uma empresa famosa, fazer carreira e ser rica, deixa de ter essa ambição no dia que é informada, pelo seu oncologista, que o seu tumor é maligno e está em fase terminal, restando-lhe apenas 6 meses de vida. Seu desejo passa a ser a cura da doença ou a que o sofrimento não seja tão doloroso.
Tudo isso reflecte, realmente, o nosso desejo. Aquilo que move o nosso ser, o que acreditamos o que desejamos realmente. Tenho pena é que por (muitas) vezes seja necessário acontecer algumas catástrofes, em nossa vida para conseguirmos valorizar realmente os nosso desejos e prioridades...
A perspectivas mudam quando somos confrontados com as verdadeiras realidades, as nossas realidades.
Do que me vale os milagres que aconteceram desde o Egipto até a terra prometida, se eu não tiver acesso a alguns deles na minha vida? O que adianta haver um Deus pai, que se quer relacionar comigo se eu não tiver acesso a Ele?!? O que adianta seu filho Jesus, ter morrido por mim, para me salvar se eu não tiver acesso a sua salvação...
Tudo o que acontece na vida dos outros é bom para os outros e pode até alegrar a minha vida, ou se eu for Sábio ensinar-me algo mais, mas na necessidade, na aflição o que vai falar mais alto é a minha experiência, aquilo que eu já vivi e, realmente, não aquilo que aconteceu na vida dos outros, sejam eles quem forem, mas sim aquilo que experiênciei, ...
Um amigo, um exemplo, um líder disse-me um dia que na vida podemos ser 3 tipos de pessoas, Burros, Inteligentes e Sábios. (Acredito que no processo que se chama vida, passamos repetidamente por estes estágios, sendo que o nosso nirvana deveria ser o ser Sábio)
Dizia então o Nelson Rato que Burro sou quando não aprendo como os meus erros, Inteligente sou quando aprendo com os meus próprios erros, e Sábio sou quando aprendo com os erros dos outros.
Porque é que penso sempre que o resultado das minhas escolhas vão ser diferentes das escolhas dos outros... Mas isto é realmente outra pregação...
Finalizando, a minha perspectiva é a minha perspectiva... O que eu acho que está bem para mim é resultado de toda a minha financia, da influencia de outros. Mas muitas vezes não é o mais correcto, mas é o que eu estou habituado...

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